quarta-feira, abril 26, 2006

 

25 de Abril - Dia da Liberdade





Na segunda feira passada falámos sobre o dia 25 de Abril que se comemorou ontem.
Fomos à wikipédia pesquisar sobre o 25 de Abril, fizemos cravos em papel crepe vermelho e a professora leu-nos o livro "O Tesouro" de Manuel Autónio Pina.
Aprendemos vários coisas sobre a revolução do 25 de Abril de 1974 e de como foi importante esse dia para recuperar a liberdade.
Mariana

Comments:
Olá a todos!

Quando aconteceu o 25 de Abril eu tinha 14 anos (acabados de fazer) e não tinha a mínima consciência do se passava no nosso país.

Ma minha família, como em muitas outras, os pais, os professores e os adultos em geral, não se arriscavam a falar de política (muito menos com crianças) porque podiam ser presos e torturados pela PIDE.

Quando se deu o 25 de Abril, rapidamente me apercebi da importância daquele acontecimento para o país e para as pessoas e, de alma e coração, aderi a toda aquela alegria indescritível.

Lembro-me que um dos meus primeiros pensamentos foi: "agora, o meu irmão já não precisa de ir para a guerra!".

Passados tantos anos, continua a ser com muito entusiasmo que recordo tudo o que aconteceu.

Já viram fotos do primeiro 1.º de Maio em 1974? em Lisboa? Eu estava lá.

Envio-vos todos os cravos vermelhos da minha lembrança (para juntarem aos vossos)

Teresa
 
Deixem-me dizer só mais uma coisa que me lembrei depois de ter lido as vossas histórias:

O 25 de abril de 1974 foi mágico!

Teresa
 
Também vos vou contar uma memória que tenho do dia 25 de Abril de 1974. Eu morava na Pontinha onde existe um quartel que foi de onde o Otelo Saraiva de Carvalho comandava as tropas que se envolveram na revolução. Aquele ano era o 1º ano em que eu era professora, tinha 23 anos. Ensinava meninos do 2º ciclo num escola que ficava do outro lado da cidade de Lisboa e naquela manhã, quando me preparava para ir para a escola, foi quando soube da revolução. E as pessoas da Pontinha não podiam sair para apanhar os autocarros pois a única paragem era em frente ao quartel e as estradas estavam todas cortadas. Assim, ficámos todos sem ir trabalhar e nas notícias da rádio era pedido que as pessoas ficassem em casa, que não andassem nas ruas. Mas sabem o que aconteceu ali na Pontinha? As pessoas vieram todas para ao pé das portas do quartel, levavam comida, leite e cravos aos soldados e conversavam com eles sobre o que se passava. Parecia que as pessoas tinham mais medo do que era o tempo anterior (que se dizia de paz mas que era de repressão) do que daquele dia que se dizia de revolução e que podia ser perigoso mas que era de libertação.
Coisas curiosas e mágicas, em que tudo parecia de pernas para o ar mas em que andávamos entusiasmados porque esperávamos que a vida viesse a ser melhor.
E no resto desse ano lectivo, na escola, falava-se disto tudo, muitas vezes deixando de se falar de matemática, ou de outras coisas normais da escola. Faziam-se debates sobre os acontecimentos que ocorriam nas nossas vidas pois as coisas aconteciam muito depressa e, por vezes, as pessoas ficavam um pouco inquetas sobre o que se passava. Por isso, era bom falarmos uns com os outros e partilharmos os nossos medos mas também os nossos entusiasmos.
Vocês quando têm algum medo também ficam mais calmos quando podem falar deles com alguém não é?
E pronto aqui fica mais um bocadinho da História da nossa terra.
 
Olá
Também vos vou contar um pouco do que foi o dia 25 de Abril de 1974 para mim.
Eu era só um ano mais velha do que vocês, estava na 4ª classe (dantes era assim e não 4º ano), e o dia de 25 foi para mim, para o meu irmão e amigos um dia de festa pois não tivemos que ir à escola, o que naquela altura só acontecia quando estávamos doentes! Assim tivemos o dia todo para brincar! Só mais tarde é que percebi bem o que se passara. Era bom que todas as revoluções se fizessem sem tiros, sem guerras.
 
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